1213 Biologia Reprodutiva Do Agulhão Negro, Makaira nigricans Lacépède, 1803, No Atlântico Ocidental Tropical

Autores

  • Carolina Martins Torres-Silva
  • Paulo Travassos
  • Marina Figueiredo
  • Fábio Hazin
  • Patrícia Pinheiro
  • Francisco Pessoa

Palavras-chave:

Agulhão negro, Makaira nigricans, época de reprodução, tamanho na 1ª maturidade sexual, fecundidade, Atlântico ocidental

Resumo

O presente trabalho tem como objetivo obter informações sobre a biologia reprodutiva do agulhão negro, Makaira nigricans, como base para as ações de manejo e conservação no Oceano Atlântico. As amostras foram coletadas no período de dezembro de 2004 a novembro de 2005, medindo-se o comprimento da mandíbula inferior até a furca da nadadeira caudal (MIF) dos exemplares amostrados. Das gônadas foram tomadas as medidas de comprimento, largura e peso, cujos estágios microscópicos foram analisados através de cortes histológicos, determinando uma escala de seis estágios maturativos para as fêmeas e quatro para os machos. Foi amostrado um total de 418 indivíduos, sendo 260 machos e 158 fêmeas, com uma proporção sexual de 1,6M : 1,0F. O comprimento (MIF) das fêmeas variou de 104 cm a 345 cm, com uma moda na classe de 205 - 220 cm e dos machos, variou de 100 cm a 267 cm, com uma moda na classe de 175 - 190 cm. O tamanho médio de primeira maturação sexual foi estimado em 183,5 cm (fêmeas) e 150,1 cm (machos). O índice gonadal (IG) para as fêmeas no primeiro semestre foi mais elevado no mês de abril e, no segundo semestre, nos meses de setembro-outubro; para os machos, no primeiro semestre ocorreu em abril e maio e, no segundo, nos meses de setembro-outubro em sincronismo com as fêmeas. O tipo de desova é parcelado e a costa brasileira pode ser caracterizada como uma área de maturação e repouso, mas não de desova. A fecundidade em fêmeas com 272 cm a 290 cm (MIF) variou de 2.151.000 a 6.769.060 ovócitos.

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Publicado

11-03-2009