1229 Seletividade Da Rede De Arrasto Para Captura Da Piramutaba, Brachyplatystoma vaillantii (Valenciennes, 1840) Obtida Pela Relação Comprimento-Perímetro

Autores

  • Ivan Furtado-Junior
  • Gilmar Feitosa de Sousa
  • Márcia Cristina da Silva Tavares
  • Ligia Henriques Begot

Palavras-chave:

Piramutaba, Brachyplatystoma vaillantii, seletividade, relação perímetro/comprimento, tamanho ótimo da malha

Resumo

A piramutaba, Brachyplatystoma vaillantii, é capturada pelas frotas artesanal e
industrial. A estimativa da porcentagem média de piramutaba descartada chega a
30% da produção pesqueira pela frota industrial, sendo de grande importância a
determinação do tamanho ótimo da malha das redes para reduzir a quantidade
rejeitada e a sobrepesca do crescimento. Foram amostrados 828 indivíduos
capturados na área entre 00°04’ - 01°05’N e 48°22’W - 49°20’W, para medição do
comprimento zoológico e perímetro máximo. Utilizando-se o modelo linear
Y = aX + b , ajustado pelo método dos mínimos quadrados, a forte correlação
entre as duas variáveis biométricas mostra que a piramutaba cresce
proporcionalmente em comprimento e perímetro do corpo. A relação obtida entre
perímetro máximo (Pm) e comprimento zoológico (Lz) foi: Pm= 0,7017 x Lz - 4,2718
(r = 0,9697; P < 0,01). Com base nesta equação e no tamanho de primeira
maturação sexual (Lz50% = 42,0 cm), obteve-se o perímetro máximo, Pm = 25,2
cm, e o comprimento de 16,2 cm da malha entre nós opostos, no saco túnel da
rede de arrasto. Esse valor ótimo seleciona indivíduos com perímetro máximo de
25,2 cm, os quais já devem ter desovado pelo menos uma vez, portanto,
preservando os estoques pesqueiros capturados nas pescarias industriais de
arrasto na área do estuário amazônico.

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Publicado

08-07-2013