CAMARÃO-CASCUDO MACROBRACHIUM AMAZONICUM (HELLER, 1862) (CRUSTACEA, DECAPODA, PALAEMONIDAE) NO MUNICÍPIO DE VIGIA-PARÁ-BRASIL

Autores

Palavras-chave:

Palaemonidae, bioecologia de camarão, Amazônia

Resumo

A espécie Macrobrachium amazonicum (Heller, 1862) é abundante na bacia Amazônica e largamente explorada pela pesca artesanal do Pará, sendo utilizada em cultivos extensivos nesta região e no Nordeste do Brasil. A finalidade deste trabalho é analisar aspectos da bioecologia da espécie, que auxiliarão para um adequado manejo. As amostragens aconteceram mensalmente no estuário do rio Pará, no município de Vigia, durante os anos de 1999 a 2001. Os dados obtidos foram analisados para o período chuvoso (janeiro a junho) e para o período menos chuvoso (julho a dezembro). As variações de temperatura foram de 26°C a 30°C. A salinidade oscilou entre 0% e 28%, entretanto, o valor médio foi 5%. A espécie esteve presente em todas as coletas, porém, foi mais abundante no período chuvoso. Capturou-se machos e fêmeas em todas as amostragens, no entanto, os machos foram mais abundantes, apresentando uma proporção de 2,5:1. As fêmeas ovigeras representaram 19% e foram mais representativas no período chuvoso. A espécie apresenta reprodução contínua, com picos mais intensos nos meses de fevereiro, maio e junho (período chuvoso) e setembro (período menos chuvoso). Os machos apresentaram comprimentos superiores aos das fêmeas. O menor individuo capturado mediu 1,7cm e o maior 14,4cm. A menor fêmea ovígera coletada mediu 3,3cm e a maior 11,6cm. O surgimento de coortes aconteceu nos meses de fevereiro, abril e maio (período chuvoso) e nos meses de julho, agosto e setembro (período menos chuvoso), caracterizando que houve desova e recrutamento. O abdome representa cerca de 56% do comprimento total. O comprimento do cefalotórax apresentou pouca diferença entre os sexos. As fêmeas possuem o abdome um pouco mais pesado do que os machos. Nos machos o cefalotórax é mais pesado do que nas fêmeas.

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Publicado

31-12-2002