VARIAÇÃO DO ICTIOPLÂNCTON EM RELAÇÃO AO CICLO DE MARÉ E À DISTRIBUIÇÃO ESPAÇO-SAZONAL NO ESTUÁRIO GUAJARÁ-MIRIM-PARÁ, BRASIL

Autores

  • Alexandre Cardoso da Silva
  • Anderson Paixão Mangas
  • Samara Cayres Silva
  • Djair de Jesus Montelo
  • Glauber David Almeida Palheta
  • Nuno Filipe Alves Correia de Melo

Palavras-chave:

Larva de peixe, desenvolvimento larval, Amazônia

Resumo

Os ambientes estuarinos são ecossistemas de transição entre e o continente e a zona costeira adjacente,
onde rios encontram o mar. Este estudo foi realizado a fim de determinar a composição e distribuição de estágios
larvais de peixes (ictioplâncton) do estuário Guajará-mirim - Pará. Para isso foram realizadas coletas bimestrais no
período menos chuvoso e chuvoso, no qual foram pré-estabelecidas quatro estações ao longo do estuário, na maré de
enchente e vazante. Foram determinadas também variáveis ambientais (pH, salinidade, temperatura condutividade
elétrica e oxigênio dissolvido). Na coleta do material faunístico foram realizados arrastos subsuperficiais, com
auxílio de uma rede de plâncton com malha de 300 e 500μm de 50 cm de abertura de boca, na qual foi acoplado
um fluxômetro. As amostras foram conservadas em formol a 4% neutralizado com tetraborato de sódio. Foram
coletadas 3.138 larvas de peixe, sendo 1.242 larvas na maré vazante, 1.896 larvas na maré enchente. Deste total
houve uma captura de 1864 larvas na rede de malha de 300µm e 1.274 larvas na rede de 500µm. As larvas foram
classificadas em 06 ordens, 13 famílias e 21 espécies, tendo a ocorrência de 57 ovos que foram apenas quantificados.
A ordem Clupeiforme, e suas respectivas famílias Engraulidae e Clupeidae, foram mais abundantes no estudo. O
estágio de desenvolvimento, pré-flexão, foi mais abundante em todo o estudo. A espécie Rhinosardinia amazonica,
apresentou maiores densidades de larvas no período menos chuvoso, enquanto que Anchovia clupeoides, apresentou
maiores valores de densidades no período chuvoso. A análise de ordenação identificou a influência das variáveis
ambientais e da sazonalidade, enquanto que a partição de variância evidenciou que os variáveis testes (variáveis
ambientais e temporais), determinam maiores influência na composição das larvas, atuando juntas. A PCA identificou
uniformidade das estações de coleta em relação aos períodos sazonais e as variáveis ambientais.

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Publicado

10-07-2017