A construção ficcional do trabalho análogo à escravidão no romance "Torto Arado", de Itamar Vieira Júnior
DOI:
https://doi.org/10.56798/RGC-10-2022-06Palavras-chave:
Literatura Negra, trabalho análogo à escravidão, representação femininaResumo
A escravidão no Brasil teve início na primeira metade do século XVI e mesmo após o fim da escravidão, garantida por lei, muitos escravizados ao se verem libertos ficaram sem saber o que fazer com a sua nova condição, visto que não houve ajuda por parte das autoridades da época, o que fez com que muitos voltassem para a terra de seus ex-patrões para pedir trabalho. Em nosso país, infelizmente, muitos ainda são os casos de trabalho análogo à escravidão. Diante da relevância do assunto e da importância do romance de Vieira Junior para a literatura contemporânea, o presente trabalho tem como objetivo analisar a construção ficcional do trabalho análogo à escravidão. Além de pensar a construção de personagens mulheres negras no romance Torto arado (2019) e discutir a construção ficcional da obra a partir da Literatura Negra. Este estudo pode ser classificado como exploratório e bibliográfico, e embasa-se nos pressupostos teóricos de Bernd (1988), Bauman (2001), Hall (2014), Evaristo (2004), Perrot (2010), Ribeiro (2017), Duarte (2008), Zolin (2010), dentre outros. O romance Torto arado explora, entre outras temáticas, o trabalho análogo à escravidão, principal viés de análise, que pode ser constatado em diversos excertos que discutem e problematizam essa questão. Mas ainda circula pelo cenário onde há a representação de mulheres negras fortes e donas de seu próprio caminho, que apesar do destino e da situação de vida, rebelam-se e decidem não aceitar mais as imposições feitas por serem mulheres negras em uma situação análoga à escravidão, retratadas por Bibiana e Belonísia.
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